Propaganda Institucional

A propaganda institucional soviética, da mesma forma que a americana, fazia um forte apelo ao nacionalismo e à exaltação de signos do modelo social vigente no bloco econômico em questão. Enquanto na América era exaltada a liberdade individual, de consumo, na União Soviética, buscava-se uma valorização à igualdade, ao trabalho em função da contrução de um bem maior, comum, sendo este, representado pelo Estado.
Também é notável a adoração a algumas figuras históricas, como os famosos Lenin e Stalin, que na posição de líderes, deveriam ser obedecidos, algo um tanto comparável ao que acontece no romance "1984", de George Orwell (pseudônimo do escritor e jornalista Eric Arthur Blair), escrito por volta dos anos 40, e que previa uma divisão do mundo em três grandes potências, todas elas com líderes autoritários, que faziam o uso deliberado da propaganda institucional como forma de dominação do povo, alienado e temente ao Estado, que no caso do personagem central do livro, era representado por um líder, o Big Brother (Grande Irmão, numa tradução ao português).

Entrando no período pós Segunda Guerra Mundial, os EUA emergiam como um dos polos no cenário mundial, representando o capitalismo na sua mais pura forma, o liberalismo econômico. Sua propaganda, dirigida ao povo e comandada pela figura simbólica do Tio Sam, teve e ainda tem um extremo apelo nacionalista, apoiado no “american way of life”, onde o país torna possível a realização dos sonhos pessoais.
Na Guerra Fria, planos econômicos e militares foram oficializados, demostrando a capacidade norte americana de suprir os interesses capitalistas. Uma frase de efeito dita pelo ex-presidente dos EUA, John F. Kennedy, que representa o espirito americano é “Não pergunte o que seu país pode fazer por você, pergunte-se o que você pode fazer por seu país”.